Os pagamentos sem contato, utilizando a tecnologia por aproximação, cresceram cinco vezes no Brasil, comparando a Março de 2019 ao mesmo período deste ano, quando foi o início da pandemia de coronavírus no país.
Em dezembro de 2019, a Visa Consulting & Analytics relatou ter atingido 7 milhões de transações sem contato por mês no Brasil. Como seus números são de antes da pandemia do coronavírus, os números mostram que os brasileiros são cada vez mais adeptos a esta tecnologia. A pandemia apenas empurrou os Brasileiros para uma maior adesão. Desde o relatório do ano passado, o crescimento tem sido exponencial, de acordo com a Visa.
De acordo com Alessandro Rabelo, Diretor Executivo de soluções da Visa no Brasil, a empresa seria, sem dúvida, capaz de alcançar esses números sem o empurrão da pandemia COVID-19. Ele explica que os números não têm nenhuma relação com COVID-19 e distância social, uma vez que este volume de crescimento está relacionado aos movimentos que a indústria tem vindo a fazer nos últimos anos e de forma mais eficaz no ano passado, quando houve um aumento no volume de emissões pelos bancos, a entrada de novos modelos de aceitação como, por exemplo, no transporte público. É o caso do metrô no Rio de Janeiro e ônibus em São Paulo que atualmente aceitam métodos de pagamento sem contato através da Visa.
Dados da Associação Brasileira de empresas e serviços de cartões de crédito (Abecs) baseados no relatório do ano passado mostram que o hábito do consumidor brasileiro tem mudado e os pagamentos sem contato cresceram 565%, movimentando R$ 6 bilhões de (cerca de US $1 bilhão). Os Pagamentos digitais representavam 43% do consumo doméstico e 50% dos utilizadores de cartões já estavam habituados a fazer compras através do comércio eletrônico.
Considerando que grande parte dos brasileiros não tem acesso a ferramentas digitais, nem a um smartphone nem a um smartwatch a pagar por aproximação, Rabelo explica que parte do crescimento observado pela Visa em volumes está relacionada à emissão por bancos que emitem cartões plásticos com nova tecnologia já incorporada nela.
No final do dia, o consumidor pode ter acesso à tecnologia de várias maneiras, uma das quais é o dispositivo móvel ou um smartwatch, ou através de vestuário, ou o plástico em si. O que vemos em termos de movimentos da indústria, tanto no Brasil como em outros países, é que a maioria das transações ocorre através do próprio plástico. Eu sou a prova disso, só uso assim durante a pandemia e não fico só mais segura do ponto de vista de higiene como também agilizei bastante minhas compras básicas de supermercado, padaria e nos postos de gasolina. Indico muito.